Startup: validando suas ideias

Já ouviu falar que pra começar só precisamos de uma ideia? Nós sabemos que a realidade é bem diferente, que encontrar um norte e decidir “como” e “onde” pode tornar-se a parte mais difícil no processo de tornar-se dono do seu próprio tempo e chefe da sua própria realidade.

Por isso esse é o primeiro artigo da série “startup”, nós vamos aos poucos construir um “negócio” juntos e responder algumas questões que podem ser as suas. Que tal partir do começo?

Startup significa o ato de começar algo (“start up”). É relacionado a organizações que estão no início de suas atividades, que querem explorar soluções inovadoras e/ou rapidamente escaláveis no mercado e são criadas a partir da ideia de propor um solução eficiente ou alívio para alguma dor de um determinado grupo de usuários.

Todo mundo já teve grandes idéias, o motivo de não colocar todas elas em prática é simples, nem tudo é viável.

Antes de se jogar e ir com a cara e a coragem mostrar pro mundo do que você é capaz, é preciso validar o que quer construir. Para isto, deve se perguntar três coisas:

1. Eu sei fazer isso?

A primeira e principal questão é bem simples, mas ter o conhecimento superficial da área em que gostaríamos de atuar não é suficiente. Correr atrás de informação e de formação adequada é o primeiro passo.

Não encarem essa pergunta como uma crítica. Ao contrário, encarem como uma auto avaliação, se você responder sim com segurança e confiança você já está mais perto de conseguir alcançar seu objetivo do que muita gente por aí.

A área digital tem um alcance incrível, por isto corremos o risco de percorrer uma ilusão de que talvez seja fácil conquistar aquilo que desejamos. Isto não é nem um pouco verdade. A segurança ao traçar todos os caminhos possíveis desta ideia é necessária, bem como testar rapidamente as possibilidades para checar quais falham e quais sucedem. A batalha é diária e você tem que ser forte para suportar, crescer, superar as barreiras que aparecerem e saber capitalizar o conhecimento dos projetos que falharam.

2. Alguém mais faz isso?

Busque referências e procure seus concorrentes diretos e indiretos. O mercado está em crescente aceleração e a capacidade de adaptar-se é uma questão de sobrevivência (Darwin que o diga). Assim, sua metodologia de trabalho deve ser inteligente a ponto de observar o mercado, suas movimentações, suas ameaças e absorver as informações necessárias para enriquecer seus serviços e processos. Como uma primeira experiência, concentrar-se em um nicho que você domine, entenda e se sinta confortável, te dará estabilidade, experiência e a confiança necessária para construir tudo que precisa para suceder ao tempo e às adversidades.

Se um negócio começa “atirando para todos os lados”, aceitando toda e qualquer oportunidade de ganhar dinheiro a curto prazo, é provavél que não funcione: não existe foco e ninguém é bom em tudo, especialmente se não planeja uma visão a longo prazo.

Todos temos e precisamos estudar e nos aprofundar em um segmento, pra depois sim passarmos pra outro, de nada adianta fazer dez coisas medianas, se você não consegue ser ótimo em uma só.

3. Alguém realmente precisa disso?

Provavelmente esse foi o seu primeiro pensamento quando teve a sua ideia de negócio, ou foi a motivação que você encontrou para tentar resolver um problema de alguém próximo a você. Mas não só disso que se faz um negócio. Você só será bem-sucedido se existir demanda, se seu público-alvo enxergar mais benefício em adquirir seus produtos e serviços do que deixar o dinheiro parado no bolso (chamamos “ver este benefício” de valor), ou seja, tem que estar disposto a fazer negócios com você.

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Como começar?

Para começar a planejar a criação de um produto, pensamos nas dores do consumidor, em que tipo de problema pessoas com o perfil dele (personas) têm que podemos resolver ou aliviar as dores. Se é algo que estas personas procuram, não encontram e que nós podemos oferecer, você encontra nisto uma oportunidade de tornar-se relevante na vida deste perfil de pessoas. A diferenciação ocorre quando você criar um método de fazer algo que é só seu e isto pode ser uma jornada incrível ou um produto com características diferentes do que existe atualmente no mercado.

Se é um produto similar, não importa muito se vinte pessoas na sua cidade já fazem o que você faz, e sim que você faz melhor ou diferente delas. Existem muitas marcas de sabão em pó e ketchup, o que te faz escolher uma delas?

Anote todas as informações relevantes que encontrar, e todas as idéias que surgirem no caminho. Você pode usar papel e caneta ou aplicativos como o Trello, que são ótimos pra organizar as idéias.

Dê prioridade ao que você precisa inicialmente para não fazer confusão e conseguir manter o foco. A partir daí, é preciso dedicar-se, estudar e correr atrás de toda e qualquer informação que possa ajudar você a melhorar e estruturar a sua ideia. Depois disso volte aqui e leia o próximo artigo da série, vamos ajudar você a fazer o planejamento do seu negócio!

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Enviado por Bruna Teles

Gaúcha, Social Media apaixonada pelo que faz. Acredito que tudo pode ser mais humano, que ninguém tem a obrigação de acertar de primeira mas que os meios pra isso acontecer precisam existir, dou valor ao que é dito e ao que é mostrado, pra que vocês acreditem no que eu faço a ponto de me deixar fazer isso por vocês também.